Ações fazem parte do novo momento vivido por nossa entidade
A situac?a?o da moradia da populac?a?o de baixa renda no centro de Sa?o Paulo esta? cada vez mais preca?ria. O MSTL, atrave?s do Movimento Inclusa, entidade filiada ao nosso movimento, realizou duas ac?o?es que resultaram em novas ocupac?o?es na regia?o central de Sa?o Paulo.
A primeira aconteceu no dia 12 de abril, dentro da agenda do Abril Vermelho, que tambe?m na regia?o urbana intensificou o nu?mero de ocupac?o?es. Um pre?dio de 11 andares, na Rua Xavier de Toledo foi o escolhido. Para la?, se mudaram 82 fami?lias, somando 140 novos moradores, entre eles: 54 crianc?as e 16 idosos. A organizac?a?o popular e comunita?ria esta? a todo vapor na ocupac?a?o que passou a se chamar “Almirante Negro”. Foi organizada uma creche comunita?ria que esta? atendendo, no momento, 9 crianc?as de ate? 5 anos. Ha? tambe?m um espac?o de atividades para as crianc?as maiores, adolescentes e jovens ate? 24 anos, onde sa?o desenvolvidas oficinas de arte e atividades culturais. Cursos de formac?a?o de novos militantes para a linha de frente do movimento por moradia tambe?m fazem parte da programac?a?o. “Estes espac?os foram montados e abastecidos com materiais de doac?a?o”, conta Chiquinho, educador social e coordenador das atividades educativas e culturais. Uma cozinha comunita?ria que faz toda a alimentac?a?o das crianc?as da creche e que serve tambe?m cafe? da manha?, almoc?o e jantar para os moradores e? utilizada tambe?m como espac?o de socializac?a?o entre os moradores que podem conversar, se conhecer e trocar experie?ncias enquanto se alimentam.
Ja? na Rua Vitorino Camilo, no Bairro de Santa Ceci?lia, a organizac?a?o encontra-se na fase inicial. A ocupac?a?o, que aconteceu no dia 9 de maio, num pre?dio de 3 andares, ja? tem 31 fami?lias morando nos seis apartamentos do pre?dio. Entre os quase 100 moradores, temos 15 crianc?as e 5 idosos. “Agora as coisas esta?o ficando mais organizadas, conseguimos tirar todo o entulho dos apartamentos e tambe?m iniciamos a divisa?o de tarefas entre os moradores”, diz Jose? Junior, enfermeiro e um dos novos moradores da ocupac?a?o. O fantasma da reintegrac?a?o de posse preocupa os moradores, como conta Rosita Lemes, 65 anos, que ja? participou de mais de 30 ocupac?o?es, nos u?ltimos 30 anos: “ Mudar a todo o momento, na?o e? vida digna! Nem montei o meu guarda-roupa, pois sei que posso ter que me mudar novamente. A prefeitura tinha que garantir um espac?o pra gente morar, poderia cobrar, fazer um carne? que a gente pagasse todo me?s”.
A responsa?vel pelas duas ocupac?o?es e? a goiana Welita Caetano, 30 anos, que desde os 10 anos atua no movimento por moradia. Segundo ela, o MSTL esta? demonstrando sua capacidade de organizac?a?o do povo: “Estamos crescendo e demonstrando que somos capazes de lutar pelos direitos dos mais pobres, organizando o povo e resistindo a? opressa?o do Estado e dos especuladores imobilia?rios”, diz.